Estava simplesmente com o telemóvel na mão, não era mais que uma irritante mensagem da Vodafone, e deixei-me ir... 2-3 segundos depois notei uma pausa e todos os olhos em mim, uma amiga a sorrir pergunta: "Inês?". E neste momento tento disfarçar o melhor que posso o espanto que sentia interiormente: "Hum?". Um colega ao meu lado: "Tu disseste Inês.", ao que eu respondi que não, que não tinha dito nada, a forçar um leve sorriso e a olhar em redor. Não me lembrava de nada, só me lembro de ter o telemóvel na mão e estar a olhar para ele, sem pensar em nada, não tenho na memória que tenha dito o nome. Eles não sabem quem é, ou melhor, não sabem o que ela representa para mim, e assim escapei entre: "Tu devias tar a escrever uma mensagem e disseste o nome.". E assim passou, não respondi e só uma hora depois é que, em tom de brincadeira, o mesmo amigo voltou a dizer o mesmo, mas também aqui sem consequência. E assim espero que continue, que ninguém se lembre desse episódio perto dela ou das amigas dela. Pois apesar de estar assim, neste estado em que além da dor física que se apodera do meu peito e por vezes o andar, também o meu inconsciente se apodera desta forma de mim e me impede de esquecer. Não quero lançar um bidão de gasolina deste tamanho para um incêndio que apesar de gigante se encontra controlado. Os olhares que dela recebo ainda são intensos, mas ao mesmo tempo inquisidores, ela cansou-se por minha culpa e seguiu o seu caminho. Prometi a mim mesmo que apesar de tudo respeitaria essa escolha, e ainda que seja muito difícil e por breves instantes quase que me deixei ir, considero que até agora tenho cumprido.
Não quero nem imaginar...
3 comentários:
Ai Nuno, Nuno! Esse coraçãozinho..
As pessoas não se esquecem-se no silêncio, mas sim quando lhe dás voz. Qual é o problema de estares apaixonado?
Nunooo não quero usar uniforme na escola :c
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