No comboio tenho um café que vou segurando com a mão direita e de seguida despejando em golos, aquecendo-me a garganta. O copo fica entre mim e uma janela à minha frente, onde em instantes paisagens sucedem-se de forma contínua. De dentro o tempo só passa no relógio do telemóvel, o qual tenho escondido no bolso sem o notar apesar de notar o tempo num sítio que apesar dos passos que entram e saíem, que pelo meu pescoço ou em frente aos meus olhos se deparam, não muda. E não movo o olhar do que de lá fora aparece em fotografias instântaneas.
1 comentário:
E tu deixas que o tempo passe assim por ti, enquanto assistes a esse desfilar de fotografias?!
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