Bato a uma porta, bato outra. Ao tocar a minha mão desaparece, tiro-a para trás e ela de novo. Nenhum som, a mão sem marcas. As portas de madeira, já sem cor, crateras a crescer por elas, movendo-se e ragendo ao menor sinal de brisa. Dou passos, olho atrás, as mãos saltam dos bolsos e chegam ao cabelo, dou pontapés em nada para manter equilíbrio. O meu pé direito levanta-se, oiço-o bater; assobio a acompanhar o ritmo. Os olhos sobem um centímetro, apenas eles. Testa enrugada, cabelo suspenso, o nariz desaparece e da boca algo saí mesmo que fechada. Um pé em frente, há outro que o segue; sobem à vez uma calçada. Uma porta com uma janela velha em quadrado. Uns olhos espreitam, está escuro e de dentro nada se distingue. Um dedo avança, e é engolido pela porta. Estende-se a mão, nenhum sinal dela. A cabeça desce, esconde-se dos ombros; cabelos primeiro. A respiração é audível. Depois dos olhos entrarem, uma pausa respeitou-se. A respiração deixa de se ouvir. Segundos depois, estavam uns ténis em frente à porta, em perpendicular com a calçada. Apenas ligeiramente dobrados na zona dos dedos, em esforço.
Para quando os joelhos inclinados e o corpo a subir impulsionado pelos punhos no chão, braços esticados a tirar em seguida o pó às calças, sentir os dedos dos pés livres, firmes. Voltar atrás e do lado de fora tentar o trinco.
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