que diferença faz a sintaxe (e que desde a escola primária não
[sei o que significa)
A escolha de palavras que possam aglomarar atrás delas centenastornando essas centenas invisíveis visíveis numa única máscara.
Jogos de palavras que só fazem sentido num determinado
[contexto
sinceramente, não sei.Tinha aquilo que alguns poderiam considerar, iludidos em relação ao meu propósito, conselhos.
(os quais nem eu sigo)
E mesmo que muito possa falar sobre eles
(o quanto já falei eu de amor, afastando-me dele?)
poderiam até - o mais certo - nem válidos ser.
Resquícios de dor em forma de flecha.
Tinha ainda frases que poderiam chocar mas não as ponho,
teorias apanhadas na rede, lado a lado com trutas e sardinhas.
Anseio por topos de montanhas gastas
só rocha e vento frio na face, sem os olhos conseguir abrir
(deles podendo dizer que se não os abro não é essencialmente por
[não querer)
Anseio por ilhas onde me perderia ao lado de animais cujo nome [desconheço
areia a escapar pelos dedos, de repente a palma vaziaAnseio por tudo branco, como se duma qualquer primeira vez se
[tratasse.
(talvez esquecendo-me como qualquer primeira vez possa ter [sido)
Cego, erro sem a nada tomar gosto.
Que posso saber sobre o mundo?
(que sabe o mundo sobre mim?)
Que posso saber sobre mim?
(sobre... quem!?)
Eu que do mundo posso dizer que quase não penso
e de mim quase nem falo, pelo menos de verdade.
(e curioso ao haver quem até das suas cobardias se orgulhe, anunciando-as bem alto ao mundo, talvez por parecer racional)
Trapos apanhados no chão para vestidos de palhaço.
Entro em rodas com o que no momento aparece
desgastando o que sempre por aqui cá esteve, rebolando por divisões.
Uma casa com paredes velhas que vão abaixo
deixando o que por dentro há contra ventos e chuvas,
as paredes que ainda restam cair,
ficando um chão com miragens por enfrentar.
Sem areia na mão, esses grãos que com o vento fogem
e me riscam a cara no topo de uma montanha
dizendo assim que não é no topo de uma montanha que estou.
Esse topo que, neste momento, até sei qual,
mas não vejo como o escalar sem nele criar deslizamentos se cair.
Um olhar desolador sobre materiais que me circundam e não
[voltam já
mais forte que qualquer fractura.
1 comentário:
Ler isto ao som de Element Of Freedom de Alicia Keys é melhor do que chocolate quente!
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