Uma bola aos saltos. A bola, saí da mão tentando não forçar, por um ligeiro abrir de dedos. Há uma sala branca, sem paredes, cheia azulejos brancos pelo chão, onde os quadrados formam figuras quando a visão foge pelo horizonte. Há a sensação de enormidade, mas também de ambiente fechado, onde o nariz procura uma brisa para cheirar e se ela calha vir duvida-se da força. A bola precisa dum tornado para acelarar a rota, no seu jogo de subidas e descidas. A gravidade não entra, nem influências de corpos estranhos como Vènus ou outros planetas; a bola tem o peso duma pena e como que flutua.
Neste plano, apenas a Lua cabe. A Lua de duração intermitente. Aos poucos, a bola vai chegando tão alto que pode ficar dias sem dar sinal, inacessível aos ventos mesmo tempo na sua forma pequenas marcas dele. Um dia a bola acaba por saltar a atmosfera, espera-se com a força e direcção suficiente para alcançar a Lua, mesmo que sem o vento a empurrar.
2 comentários:
ai as alegorias Nuno, excelente *
Olhos nos olhos até a lua serve de bola entre os mundos desconhecidos.
Beijocas
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