I
Um soalho onde faltam tábuas (outras ganham-lhes saudades)onde o som aparece, subindo baixando lascas
dando aos pés o alerta em relação aos espaços.
O carreiro que as formigas seguem - e que hoje é menor e menor.
Por sorte
deixam-se de notar ao crescer dos estalidos.
Tal como a tinta que das paredes se solta
- em consequência do apoio que o meu corpo suplica aos braços (efeito estranho) -
encravando-se nas unhas.
E uma voz aparece (com o tempo aparece ou eu faço aparecê-la)
perguntando-me que figuras são essas que eu faço na calçada.
- Sujeitas ao crivo dos senhores que se entreteem a oferecer camisas brancas de mangas grandes - (as quais por curioso que pareça se fecham nas costas.)
Parando então aí para com quem me chamou seguir viagem.
(Em passos dados junto de tantos outros que nunca mais voltarei a ouvir.)
Com as imagens da sala - que aos meus pés caía - no pensamento
voltando de repente quando num mudar de direcção alguém se lança sobre mim.II
E aguardo em desespero o tempo em que se instale o Silêncio.
Silenciadas as vozes (não calar, apenas atingir outras que transmintam calor)
montar o meu mundo, com esperança que caiba na calçada.
Silenciadas as vozes (não calar, apenas atingir outras que transmintam calor)
montar o meu mundo, com esperança que caiba na calçada.
2 comentários:
oh nuno lembraste-te :) muito obrigadaa *
estás melhor?
Sonhei contigo hoje, ahah
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