"A maior felicidade é quando a pessoa sabe porque é que é infeliz."
Dostoievski
A minha infelicidade é sentir-me culpado por todo o mal que existe no mundo e pouco ou nada poder fazer para acabar com ele. Pior ainda quando também eu causo algum mal. E é triste tirar daqui alguma felicidade que seja, como se fosse um espírito nobre e sacrificador, acima de qualquer dúvida moral - tretas. Não sou melhor que ninguém, sou o primeiro a sabe-lo. Por isso tento evitar ao máximo qualquer tipo de felicidade que possa ter; embora saiba que disso não sairá nada para melhorar a vida dos outros, - o principal prejudicado sou eu mesmo, sei-o bem - mas pelo menos a minha consciência mantêm-se. Mesmo considera a minha consciência a raiz de todas as minhas inquietações. È imoral ter uma consciência como a que tenho.
È apenas a forma como consigo viver, como me tento conciliar comigo próprio. "Ou todos, ou nenhum." - não consigo aceitar outra forma.
(acho que pela primeira vez consegui definir-me, obrigado Dostoievski - o meu escritor favorito)
2 comentários:
Realmente isso é angustiante.
a minha vida é marcada pela dor de não saber aonde dói. sendo assim, talvez tenhas razão quanto ao que dizes. *
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