(no asfalto o calor das rodas impregna-se. Dos vidros
poucos são os rostos que atentam ao passeio)
e as paredes do meu quarto concentram-se
um sólido que ao passar dos ponteiros menor.
As subidas ganham mais inclinação.
(Uma criança lança uma bola pela calçada acima e espera que volte atrás.)Ao fechar os olhos - por impulso! - o vazio ouve-se mais.
Como um folha de papel arremassada ao lixo e que no movimento ganha asas.
A distância faz as vozes que na minham mente surgem
mais ímpossiveis de reencontrar.
Surge a vontade
de simplesmente errar pelas ruas...
de simplesmente errar pelas ruas...
Passar prédios - não interessam quais... - e ser cruzado por carros.
Ver rostos -mesmo sabendo que os que se deseja não encontrar.
(Sucedem-se olhares aos quais não respondo...)
(Sucedem-se olhares aos quais não respondo...)
Longe, deixar o que o mundo manda fazer. E num jardim
entre as folhas que nas minhas costas caem, sentar-me.
entre as folhas que nas minhas costas caem, sentar-me.
Tentar com que o fogo que dentro mim mesmo sem oxigénio alastra
- e que pelas divisões invade em fumo -
não vá somente pela resposta fugaz de abrir as janelas.
Nas paredes que ficam infiltrações deixam-se...
por buracos perigosas correntes de ar.
não vá somente pela resposta fugaz de abrir as janelas.
- Como sem o sonho deixado para trás -
O verde tende a passar, a água falha em alguns cantos, os pombos levantam voo ao passar. Nas paredes que ficam infiltrações deixam-se...
por buracos perigosas correntes de ar.
1 comentário:
Passei por aqui mas estou tão cansada que não consigo me concentrar.
Amanhã volto.
Bjs
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