O mar em frente solta espuma nas rochas.
que dança pela orla. O ar está seco.
As ondas o horizonte finda
em finais de tarde propícios ao alaranjar da água.
E o Sol é como uma boca que vai morrendo
enquanto em terra o sal se impregna nas fendas.
E do alto do declive
a cadeira principia a tornar-se pesada
e o vento - desordeiro como só ele -
tenta os ouvidos - provoca os cabelos que se movem em resposta -
e pela planície os olhos procuram (nem que apenas por hipótese)
abrigos.
E entre os dedos
escapam areias e terras, grãozinhos que mostram textura à pele
e que pelo solo se pisa.
Haja o contacto com as ondas
que pelo declive devem galgar e vencer o abismo
(sem contudo o derrubar)
e já livre do sal que corroí
suavemente refrescar.
Entre ventos e marés...
um simples canal. Próprio.
Foto encontrada neste excelente blogue.
(E grande parte da inspiração também.)
(E grande parte da inspiração também.)
2 comentários:
Este é o meu primeiro presente do 4º aniversário do Pecado. Tão bom inspirar e tão bom permanecer.
Um beijo grande Nuno
Epá, adorei este!
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