É agora que a poeira se levanta
Ensinaram-me isso, o de ela levantar-se quando a chuva
Esquecida, deixada atrás dos meses de Verão
Volta a respirar na calçada
Tornando-a mais subtil ao meu andar
Caminho mais facilmente, parece-me que sim
E, enquanto isto, um taxista passa
E, enquanto isto, um taxista passa
Como passam sempre, sem o procurar não o vejo
Ele talvez sim, não sei, simplesmente acabo de passar
e de seguida atravesso a rua
O olhar perde-se, perde-se
E fica em mim uma memória
Onde se perpetuam estas mesmas pedras
E este cheiro, viro costas baixo o olhar
E este cheiro, viro costas baixo o olhar
vendo no chão uma folha
que, com o vento, roda atrás de mim
que, com o vento, roda atrás de mim
O barulho do motor enfia-se entre ruas - sem as ver
Prédios altos - se sem as ruas ver como afirmo da altura dos prédios? -
Prédios altos convidam-no para uma outra rua
Prédios altos convidam-no para uma outra rua
E agora já é outro o som que me ocupa
Em que apesar de também ela molhada
Difere na calçada que piso.
2 comentários:
Nuno, quero dar-te a conhecer o meu primeiro livro:
http://www.bubok.pt/libros/3434/Do-Sorriso-longe-do-Sonho-perto-e-da-Partida-do-Adeus
*
Volta Nuno, volta!
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