Mal a mim regressam os olhos e imagens aparecem. O ar deixa de circular, as vozes que fazem parte de ruas e prédios são postas de parte, aparecendo ao invés gatos que se escondem em telhas, um saco em remoinhos na calçada, um autocarro que vem quase vazio ao fundo. Ando sem atentar aos passos, escapo passadeiras, noto que nas janelas ninguém. Entre esquinas surgem pequenas praças, ruas alongam-se num asfalto interminável, ligeiras inclinações.
Esgotado este mundo escondido, a simples dois passos dos quiosques que multiplicam, de esplanadas, entradas subterrâneas para parques, metros, lojas de outros mercados, portas de diversos feitios e nomes mas muito semelhantes, rostos cansados, rostos alegres, rostos sobre pedras despercebidos... e a vontade de chorar aumenta. Continuo andando, com a minha Irís em forma de barragem, segura mas prestes a transbordar.