o maluco da aldeia que da seca por pouco se safou
-vamos fazer uma experiência
um dois três, ganhando fé no rio
(qual rio, uma planície como que escavada)
-vejam bem este saltinho
terra tipo pó
(lá estou eu, pó nada, camadas e camadas lembrando nenufares dos sapos, um dia dá-me na gana e trago um ou dois, saltam por aí todos contentes enquanto me entretenho a juntar camadas uma a uma, desencato um clip et voilá)
o maluco que em intervalos limitava-se a rir agora todo ele dores
(nem me falem da impossibilidade temporal pois nisso, deixo aqui bem assente, não acredito)
-ai as minhas costas
perfila-se todo contente, um sorriso despregado a mostrar a língua
-isto não é nada
pois a honra num homem é tudo
-pior foi ontem, hás-de perguntar a toda a gente o que fiz no café
além disso também uma ou outra cadeira que podem testemunhar a seu favor, uma queda de se louvar diga-se mesmo não sendo ele de manias
-sabes bem que não sou de manias
afiança
-na volta passo por aqui
confiante
-um mergulho como nunca se viu
abre os braços seguro de si, esquece-se da mão direita no ar e abana lentamente o indicador, pouco depois perde-se no horizonte, que mais vê ele aqui digam-me
(não é preciso dizer, não quero que me digam)
3 comentários:
a tua escrita mitifica situações, eu acho :p
tomei uma decisão e doi um bocadinho maaaas eu ainda estou de pé Nuno :)
adoro o facto de conseguires criar histórias com tanta facilidade.
um beijinho
sim, ouve Velho e o Mar ali :P *
Enviar um comentário