Nervos cuja existência desconhecia barram a saída de água dos meus olhos, ao mesmo tempo que a testa se franze, apenas vista por mim já que escondida entre cabelos. Há um revirar que me avisa da humidade presente, à espera de atacar. A respiração encontra-se intermitente, mesmo com os pulmões a querer saltar. A minha língua faz um reconhecimento interior, às escuras, procurando apanhar cada som mais expedito, não o deixando fazer estragos. No meio disto tudo, uma qualquer ferramenta que se deixou cair e acolheu abrigo numa roda dentada ao acaso, impedindo a máquina de trabalhar, notando-se um movimento intermitente mas que se prepara para descravar e engolir o que encontre pela frente.
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