Este post deverá ser o penúltimo durante o que perspectivo, e espero, que seja um longo período tempo. Senão mesmo, o que seria ainda melhor, este post seria definitivamente o penúltimo deste blogue. Não escrevi durante quase dois anos, sem sentir nenhum grande sentimento de culpa por isso. E, se o voltei a fazer, é pela minha tendência de o necessitar de fazer aquando duma fase horrível. Surge-me uma sensação horrível que me consome todo o corpo e da qual não me consigo libertar, o desejo de me dedicar fielmente a bebidas fortes, a vontade de partir alguma coisa e de aproveitar a onda e me partir também, e, por último, a escrita.
Por ora, as sensações parecem-me razoavelmente controladas e a necessidade de escrever está em níveis baixos. Espero que a tendência se mantenha, perspectivando que as ondas se acalmem lentamente, no que poderá ir de umas quantas semanas a alguns meses num estado de latência a que me obrigo. Sou assim, nada a fazer.
Torno isto público como uma espécie de pré-aviso, mas também para, de certa forma, tentar obrigar-me a escrever esse último post que já falei, e a tentar torná-lo um pouco melhor. Provavelmente não será nada demais, o que tem a vantagem de não se tornar muito diferente dos restantes textos. Não mais do que uma pequena cortesia da fotografia aqui publicada, a qual me deu uma pequena e momentânea inspiração. Terá um efeito semelhante ao deste aqui, o meu último texto aquando da minha anterior partida. Não deixa de ter, igualmente, um efeito de terapia.
Por último, um agradecimento a quem visitou esta páginas nestes últimos tempos. Espero que tenham gostado.
4 comentários:
Cheguei só agora... que pena. Gostei do que li. Espero que a ausência não seja longa.
Obrigado. Quanto à ausência, não tenho previsões.
Se valer de alguma coisa (que não vale), escuta. Aproveitemos enquanto eu ainda estou ébrio e as fadas da verdade circulam à volta da generalidade de parvoíces que tenho para dizer.
Não deixes de escrever. Que se lixe tudo o resto, mas não voltes a deixar de escrever. Sim, usa a caneta, ou o teclado ou o que quer que seja o teu meio favorito, para foder os demónios que precisam de ser exorcisados. É essa uma das grandes vantagens de escrever. Mas não pares mesmo depois disso.
É que após essa fase, maiores verdades se escrevem. Confrontas-te com uma parte de ti que poderás não conhecer bem e que, fazendo balanços justos, poderá compensar o seu reverso.
Os blogues que vão à merda. Mas continua a escrever nem que em guardanapos. Mesmo que seja para os queimar depois.
Ou posso não fazer ideia do que estou a falar e interpretar mal toda a tua situação. Se for esse o caso, ignoremos que falei. Que é o que os meus amigos fazem por serem meus amigos.
Tenho de admitir que ainda não interiorizei bem a ideia de deixar de escrever, como se de um corte se tratasse.
Por agora, a única decisão certa é mesmo em relação ao blogue. Não tanto por ser algo público, mesmo que o mantenha quase anonimamente, mas mais pelo que considero que ele deverá ser.
Talvez arranje espaço em margens de cadernos, folhas usadas, guardanapos até. E talvez aí possa escrever alguma coisa, provavelmente diferente do que tenho escrito. Espero que assim aconteça. Mas que, a acontecer, acho que terá de ser de forma natural, por uma vontade própria, quase sem pensar que estou a escrever e deixando simplesmente as palavras aparecerem num primeiro impulso. Nunca por uma qualquer obrigação a que me obrigue, como se fosse um dever.
Obrigado pela generalidade das tuas (supostas) parvoíces em estado ébrio.
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