Não, não tenho medo de morrer. Tenho medo sim, medo de viver. Coisas boas, coisas que não percebo, outras, simplesmente más. A morte...apenas um estado, não sei se haverá vida, se seremos apenas um corpo, um espírito. Ninguém o pode assegurar, e, sinceramente, pouco me interessa. O que serei depois?... nem agora alcanço tal vislumbre.
O meu maior medo é das coisas boas, tomo-as perfeitas. Isso sempre foi irreal e suicida. A perfeição só existe em tentar alcança-la, e mesmo aí, duvido a utilidade. As más, conheço-as, não desiludem.
O pior mesmo é a consciência, embora seja inútil, martririzo-me por todos os meus erros. Agradeço que só me veja, em média, uma vez ao espelho em ciclos luz/escuridão. Entre adormecidos olhos não me impaciento com o seu significado, do que realmente vejo e é visto, se será por mim... ou, por mim. Não interessa. Se será realidade? imaginação? não invejo essa verdade aparentemente descoberta.
Única que conheço, mesmo desconfiando: A imaginação mais real que a felicidade humana. Duvidam? então também não são felizes.
(não disse tristes... mas isso, talvez outra história)
1 comentário:
Boa reflexão. Gosto quando escreves sobre a vida em si, sobre o que sentes da forma mais clara. Assim.
(:
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