São tantos os momentos em que questiono o que irei escrever (como agora), não tendo se quer imaginação para o fazer (quase sempre). Mas, por alguma razão o faço, razão essa que desconheço e me atormenta continuamente. "Porque não posso simplesmente apanhar uma bebedeira como todos? Raio, que mania". Tinha eu de ser diferente!
Acabo sempre por escrever e gosto, não do que escrevo, do acto. Transformar pequenas letras numa pequena aglutinação, mais tarde formarei uma pequena frase, e reunidas formarão um texto, grande? pequeno? (Bom ou mau? já é com o leitor…)
Aprendo sempre algo que não meu, faz parte de mim. Talvez uma simples ideia, que possa até já ter sido pensada, mas sempre com novo toque, tal como Goethe disse: "Todos os pensamentos inteligentes já foram pensados; é preciso apenas tentar repensá-los."
Não sei se acredito realmente nisso, há sempre mudanças, temos vivido grandes mudanças, talvez não tanto em termos de sentimentos (esses fazem parte da Natureza há seculos e pouco mudaram, amor, amizade, traição, desilusão, perdão, reconforto, inveja, mesquinhez. Enfim, tudo o que de humano existe) mas ocorreram grandes revoluções sociais, e impulsianados por uma tecnologia fria descaracterizamo-nos continuamente.
Hoje em dia tudo é feita para evitar o esforço, tanto físico como mental. Todos sabem somar 1+1, mas quanto será √1 sem usar máquina? (apesar de reconhecer que esse banal conhecimento não sirva para nada, ou eventualmente, para muito pouco)
O papel dum escritor não é só compor frases, criar personagens e histórias, também mostrar o que muitos não vêem, apontar o que muitos não sabem. Se esse papel desaparecer, desaparece muito mais que um simples livro, desaparece uma consciência.
P.S: já agora... √1 é 1 (uma simples curiosidade matemática)
1 comentário:
Eu tambémm não tocava o meu blogue por uma bebedeira. :P bem escrito, e expressamente original.
beijo
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