Passava entre as fechadas ruas pensando “quantos deles defendi eu para agora esquecido ser”. Nunca os lugares lhe pareceram tão longos, os caminhos tão sós em companhia morta. Pensamentos entrando e saindo sem em nenhum se debater, e todas aquelas portas, quantas histórias, quantas vidas como ele foram já caladas, quantos gritos foram já queimados, quantos haveria para o ser ainda?
Agora não havia perguntas, lamentações de nada serviam, de nada sentia-se arrependido, tinha a razão como aliada. Apenas a pura certeza de um futuro que não haverá com um passado bem real de presente incerto, ou não fosse a injustiça toda dele e de toda a gente.
Apenas uma redonda pequena e brilhante ilha branca passeava constelações inexistentes num escuro mar espelhado, outros chamam-lhe céu. Eu não sei com o Inferno a subir no horizonte de quem olha certo, atingindo essa Lua que não merece através de cadentes contrárias.
Todos quanto o guiavam impacientes seguiam, “Chefe vai largar moeda” “bom mês nos espera” riam outros. Ninguém lhe valia, só o suspiro dos seus lembrara que também era humano, mais nenhum olhar e toque seria feito, abraçado, devido a quem manda.
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